quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sobre Junho 2009


Este mês foi repleto de surpresas.

Estava eu em comiseração total quando de repente aconteceram as eleições no Irão... E, numa bela sexta-feira à noite vi-me levada através do twitter para o meio da revolta iraniana. As novas tecnologias têm disto e dão um novo sentido à expressão 'em directo'. Não era na TV (que ignorou completamente a situação, até o Obama ter falado no assunto) era na primeira pessoa. Era aquele estudante de farmácia, barricado na residência, que não sabia dos colegas, que relatava a milhares de pessoas em todo o mundo o que se passava na sua cidade. Revolta-me seriamente todas as situações que põem em causa a Liberdade das pessoas. Assim deu-se um click...
Durante 3 dias não dormi a acompanhar todos os pormenores da situação. Iniciei discussões na net, critiquei os media, aderi a causas e continuo a usar o meu avatar verde no Twitter.
As eleições no Irão fizeram ressuscitar o meu verdadeiro eu. Puseram o meu cérebro a pensar e o meu coração a sofrer com algo maior do que apenas eu.

A pouco e pouco recupero.


Aproveitei Junho para:
trocar um amor perdido por uma amizade descontraída
lamentar a morte do Michael Jackson e dar-me conta que as suas músicas fazem parte da minha vida
discutir política e o estado do país com deputados e jornalistas no twitter
trocar emails com o Francisco Louçã a criticar a apatia do Bloco em relação ao Irão
irritar-me com o golpe de estado nas Honduras
ver o documentário Earth e deslumbrar-me com o nosso mundo
ficar chocada com o documentário da Farrah Fawcett sobre o seu cancro por ser tão intimista
ficar triste com a morte de Pina Bausch e recordar o Café Müller
estar zangada e com raiva mas não me sentir culpada por isso
trabalhar

Vamos ver o que Julho me reserva...

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