terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Sobre as necessidades...

Necessidade do Lat. necessitate

s. f.
,
aquilo que é absolutamente necessário;
carácter daquilo que é imprescindível;
o que é inelutável, inevitável, fatal;
coacção;
constrangimento;
aperto, apuro, carência de coisas necessárias;
precisão;
indigência;
pobreza;
miséria;

pop
.
,
(no pl. ) acto de urinar ou defecar.

Não vou falar do acto de urinar ou defecar embora, como qualquer um, tenha essas necessidades todos os dias.

Vou falar da definição que melhor se adequa a mim:
carência de coisas necessárias.


Sou uma 'dadora'. Não dou sangue mas dou o melhor de mim. Dou o meu apoio, a minha atenção e o meu cuidado com o outro. Sempre fui assim. Gosto de ser assim. Dá-me verdadeiro prazer dar. No entanto, tenho as minhas carências, as minhas coisas necessárias.
As pessoas estão habituadas a olhar para os 'dadores' como um porto seguro. Como aqueles que, depois e apesar de tudo, estão lá. E, na verdade, estamos. Se alguém precisar é só estender a mão. Se alguém nos magoou, nos traiu, nos usou, rapidamente esquecemos tudo ao mínimo pedido de ajuda.
Mas, em certos momentos, também precisamos que nos dêem algo em troca. Que nos estendam a mão, que cuidem de nós.
Precisamos de alguém que nos diga:
Estou aqui. Sinto a tua falta. És importante para mim. Gosto de ti.

Talvez para mim seja mais fácil expressar o que sinto. Talvez até seja uma necessidade minha. Eu até entendo as pessoas de poucas palavras. Mas, quando existe intimidade entre elas, quando existe cumplicidade, quando existe carinho: as palavras são necessárias.

Existem alturas na vida em que não podemos ter mais nada. Não podemos ter um abraço, um beijo, um olhar. Nessas alturas as palavras são necessárias. Uma palavra pode iluminar uma vida.

Neste momento, tenho
carência de coisas necessárias. Neste momento, a minha necessidade é sentir que estão do meu lado. Neste momento, preciso de palavras porque só posso ter palavras.

Pensei que quem recebe as minhas lhes desse valor. Eu sei que não são mais que caracteres juntos. Rabiscos de sons. São o que posso dar.

Ás vezes gostava também de receber, apenas para colmatar as minhas necessidades.

sábado, 27 de dezembro de 2008

Sobre o novo ano...

Os meus anos são de Setembro a Setembro, restícios do tempo de escola. Vivo ainda pelo ano escolar e tenho a sorte de trabalhar numa área que funciona do mesmo modo.
Estamos a poucos dias de 2009 e este ano estou ansiosa que chegue.
2009 traz uma esperança renovada e promessas de felicidade.
2009 traz consigo a vontade de esquecer 2008. De guardar 2008 como um ano de mudanças difíceis e de um péssimo vinho. Sinto, neste momento, que no próximo ano tudo pode acontecer. Resta-me esperar que venha e estar disponível para tudo.

Aguardo ansiosamente...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

E já é Natal...

Aqui fica uma das minhas músicas de Natal preferidas... Apesar do videoclip foleiro, a letra é bem bonita.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Esta música é para ti...

Fazes muito mais que um sol... És uma 'Canção Simples'.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Sobre as mudanças...

A vida é feita de mudanças. Para uns essas são mais drásticas, para outros são subtis e acontecem com tempo.
Qualquer que seja a mudança, ela trás a alegria da descoberta e um amargo de boca proporcionado pela alteração. Eu sou a favor das mudanças. Acredito nas coisas boas que as mudanças trazem. E muitas vezes estamos tão toldados com a alteração em si que nem nos apercebemos do bom que é.

Ao chegar ao fim de 2008 com tantas mudanças na minha vida, chegou a altura de olhar para 2009 como uma oportunidade. Oportunidade de conhecimento, de crescimento, de experimentação.
Claro que quando se chega uma encruzilhada é dificil a escolha. Porque estrada seguir?
Talvez ande à procura do pote de ouro no fim do arco-íris. E qualquer que seja o caminho que escolha, ele terá um arco-íris.

Não me sinto derrotada. Sinto que preciso de tempo. Uma coisa que nunca precisei até agora. Nunca parei. Sempre tive muitas certezas do que queria. Agora não tenho nenhumas. Para a maior parte das pessoas isto é estranho. Todos já passaram por momentos de indecisão. Eu não. É a primeira vez. Talvez por estar a passar por isso só agora seja mais dificil lidar com a situação. E o que poderia ser uma fase normal para mim é avassaladora. Estou a pouco e pouco a aprender a lidar com isso. Por isso, apenas peço tempo. Tempo para a mudança.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Quem de nós dois - Ana Carolina

Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber...
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer...
Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir
Da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
E eu já nem preciso...

Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim prá disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos

No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra-mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada....

E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa...
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso...

E cada vez que eu fujo
Eu me aproximo mais
E te perder de vista assim
É ruim demais
Por isso que atravesso
O teu futuro
E faço das lembranças
Um lugar seguro...

Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída,
Acabo entrando sem querer na tua vida

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Estou de volta

Estou de volta a este cantinho.

Depois de 5 anos vou abandonar o projecto Toranja. Chegou a altura de recomeçar.
Foram 5 anos intensos, com muitas desilusões e alegrias. Anos de aprendizagem. Anos que acrescentaram e lapidaram aquilo que sou hoje.
Saio com a tristeza de quem abandona um sonho.
As circunstâncias que levaram a esta saída são complexas. Chegou a altura de respirar.
Quero olhar para trás e sentir orgulho no que construí. Mas, fizeram-me sentir que já não era meu aquele projecto, que tudo o que sacrifiquei nestes anos foi em vão. Já não tenho na Toranja o meu espaço, o respeito pelo meu trabalho, a valorização que procuro como profissional.
A minha saída é repentina. Mesmo para mim.

Não sei o que vou fazer a seguir. Sinto-me perdida. Sempre tive objectivos. Metas a alcançar. Agora não os tenho.
Só sei que vou recomeçar...

e vou fazê-lo aqui também