segunda-feira, 20 de julho de 2009
Sobre o direito a sentir saudade
Existe um direito que muitas vezes nos é negado. O direito à saudade. Pode parecer estranho dito assim. Mas basta olharmos para as nossas próprias vidas para ver como muitas vezes nos é negado. Quando falo no direito à saudade falo no direito a proclamar esse sentimento. O direito de o dizer em voz alta. A saudade vive das memórias e apenas quando os intervenientes estão de acordo se pode proferir essa palavra. Quando isso não acontece é apenas um sentimento escondido.
Hoje, quero poder dizer que sinto a tua falta. Tenho saudades tuas. Não existe espaço para eu te dizer estas palavras, não é permitido dizê-las. Não existe um único dia que passe em que não pense em ti... Talvez um dia descubras isso. Não que isso vá alterar a nossa situação. Às vezes apenas gostava que soubesses que sinto saudade.
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4 comentários:
Por vezes, ou outros não entendem a nossa saudade...Eu entendo a tua, embora não saiba de que se trata ao certo. Saudade é sempre saudade, um sentimento bem português. É a falta. Nada fácil, por vezes. A verdade é que, nessas alturas, costumo pensar naquela velha máxima: "Deus não nos dá mais do que aquilo que podemos suportar". Acredita.
O meu blog (ou eu...) identifica-se muito com o teu (ou contigo). A tua frase de cabeçalho tem muito a ver comigo, é uma das minhas filosofias de vida. Daí me ter chamado a atenção há já algum tempo. A outra "tua" frase acima "Gota a gota se faz um oceano também é minha...Lol
Coincidência?
Vou-te ler...
A saudade é um sentimento em vias de extinção. A regra é cada vez menos haver lugar para o sentimento humano. à medida que as fronteiras do mundo se vão estreitando, aumenta a intolerância à liberdade de pensamento. Vivemos num mundo estranho, esquizofrénico, e manipulado por fantasmas colectivos.
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